domingo, 25 de abril de 2010

31/07/2007

Ás vezes esqueço, é como se nunca tivesse acontecido, mas tem hora que me sufoca e se torna tão ou talvez mais essencial ainda do que o ar, ou mais sufocante que a falta dele.

Tenho medo e acordo cansada. Tenho frio, tenho calor, tenho insônia, me sinto presa, acorrentada, agitada mas não tenho vontade de fazer nada, tenho saudade mas não quero de volta. Sinto falta mas não faz a mínima diferença.

Minto, nego, choro, esqueço.

Faz pouco tempo que eu tinha muitos planos, muitos sonhos, tudo era real, concreto, sentía-se...

De repente tudo se esvaiu como fumaça que se desfaz, some, desaparece e o rastro que fica, o cheiro que sobra em tudo que ela passou, tem outra forma, tem outro sentido, é só lembrança, é só um rastro, uma marca, uma história pra contar.

Sempre tive tempo de sobra, de repente não tenho tempo nem de sonhar, nem de fazer planos, nem de criar expectativas.

Tenho dó...

Mas ás vezes esqueço que não sou só eu que sinto.
Que não sou só eu quem mente.
E quem esquece.

Aliane Zappia

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